domingo, 5 de abril de 2009

Audiência: Presidente da Câmara Municipal

Os dirigentes do CDS-PP, Maria José Falcão de Brito e Luís Lagos, reuniram, na passada sexta-feira, na Câmara Municipal, às 17 horas, em audiência com o Presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, Prof. Mário Alves.

Na reunião, que decorreu em ambiente de serenidade e cordialidade democrática, o CDS-PP apresentou a sua nova direcção política, expôs ao executivo um conjunto de preocupações relativas ao concelho e apontou ao actual Presidente de Câmara o que considera os caminhos e desafios do futuro.

Entre os vários assuntos debatidos esteve a problemática da água, nomeadamente, a ligação do concelho ao sistema intermunicipal das Águas do Zêzere e do Côa. Ponto em que o CDS-PP, anunciando-se um mais do que provável forte aumento do custo da água com a ligação ao referido sistema, procurou garantir junto do Senhor Presidente da Câmara que a ligação não será retardada com objectivos puramente eleitoralistas. Ao que foi dada a garantia que a ligação será efectuada a breve prazo, antes da realização das eleições autárquicas, o que ficamos a aguardar, bem como a imputação ou não do aumento dos custos ao consumidor.

Ainda na problemática da água o CDS e os seus dirigentes procuraram sensibilizar o executivo camarário para a necessidade de ser estabelecida uma Tarifa Familiar da Água, já que, hoje, no concelho, uma família com 3 ou mais filhos paga, potencialmente, o m3 da água a um preço mais elevado do que uma família com apenas 2 elementos, tudo porque ao consumir mais água, porque são mais pessoas, sobem de escalão e logo sobe o preço do precioso liquido. Existe, assim, necessidade, no entendimento do CDS, de introduzir, urgentemente, nas tarifas da água um indicador do agregado familiar. Caso contrário, estamos a penalizar os casais que decidem ter mais filhos e os filhos que decidem ter consigo os pais.

Outro dos pontos em discussão versou a segurança concelhia. Aí, o CDS afirmou não compreender a razão do futuro Destacamento Territorial da GNR ter cabido a Arganil quando temos o ex-comandante interino do ainda Destacamento Territorial da GNR, sargento-mor Lucénio Martins, a afirmar, na sua despedida do cargo, que o concelho de Oliveira do Hospital é dos que lidera a tabela de criminalidade na região. Não nos parece aceitável que sendo o nosso concelho daqueles que apresenta maior índice de criminalidade, seja também o mais desprovido ao nível dos meios de segurança. Não é só o Destacamento Territorial que perdemos para Arganil. Somos também dos que, apesar de termos mais população residente, em número superior aos nossos vizinhos de Tábua e Arganil, e de termos índices de criminalidade superiores, contamos com menos efectivos da GNR.

Porque entendemos que, no mínimo, tal situação é merecedora de uma explicação lógica e honesta pedimos ao Presidente da Câmara Municipal que escreva ao Governador Civil do Distrito de Coimbra, para que este junto do Governo possa buscar uma justificação para esta incongruência. Explicação que as gentes de Oliveira do Hospital exigem e merecem. Como aliás merecem um reforço do contingente da GNR que ajude a baixar os índices de criminalidade no concelho.

Em matéria de segurança abordou-se ainda a possibilidade de criação de uma Polícia Municipal. Matéria que merece a concordância do CDS desde que feita com meios internos e não implique um aumento da despesa municipal. Mas, antes disso, insistimos, é preciso e obrigatório exigir que o Governo cumpra a sua obrigação e termine com a injustiça que reina em Oliveira do Hospital em matéria de segurança. Exigência que deve ser manifestada e desenvolvida, sem demora, pelo Senhor Presidente da Câmara junto das entidades competentes.

Outra das matérias abordadas foi a ESTGOH. Matéria onde confessamos ter ficado algo apreensivos e preocupados. Apreensão e preocupação que nasce no tom de resignação com que o Presidente da Câmara aborda o assunto e no não apontar de soluções para a construção da escola se for falhando, como tem falhado, o devido investimento do poder central. Fizemos sentir ao Presidente de Câmara que para o CDS a ESTGOH, pela sua importância, está acima de qualquer trica ou divergência partidária e que o empenho do partido para que as novas instalações da escola sejam construídas é e será sempre total.

Por fim, comunicámos ao executivo camarário que do CDS pode esperar uma oposição atenta, fiel e exigente. Uma oposição que buscará todos os dias, em todos os debates e em todas as divergências construir uma alternativa de governação para o concelho de Oliveira do Hospital.