quarta-feira, 11 de março de 2009

Liberdade e Democracia


Para mim, o mais importante, num candidato local (Junta de Freguesia e Câmara Municipal) é o carácter, a honestidade, a entrega à causa que abraçou, o respeito pelo seu semelhante, o saber ouvir os outros e aceitar a sua condição humana.
Quem se julga infalível, não aceitando os seus erros, nunca os corrige e não progride.
Os nossos adversários políticos e quem nos critica (construtivamente) não podem nem devem ser considerados inimigos.
Se o objectivo de todos for o bem-estar geral da população e não o nosso interesse pessoal, quanto maior for o leque de mentes aplicadas num projecto, melhor será a solução encontrada.
Ser-se humilde e ter uma mente aberta, aceitando a colaboração dos outros, não é sinónimo de sermos fracos ou indecisos.
Quem tem consciência das suas capacidades empreendedoras e de liderança, não tem nenhum motivo para temer que alguém, neste ou naquele projecto, tenha uma ideia melhor do que a sua.
Ninguém é melhor do que os outros em todas as áreas.
Por isso, devemos aconselharmo-nos com os melhores de cada área, independentemente de serem, ou não, nossos amigos, familiares ou do mesmo partido.
Essa atitude levar-nos-ia a cometermos menos erros, poupar-nos-ia muito tempo e dinheiro.
Depois de ganhas umas eleições, a primeira preocupação do vencedor deveria ser ultrapassar o partidarismo, pois não se pode esquecer que passou a ser o representante de todo o povo, não apenas de quem o elegeu.
Admitir, aceitar e concretizar projectos que adversários seus defenderam, porque esses projectos contribuiriam para o aumento do bem-estar da população, prova o respeito e preocupação que os eleitos têm por aqueles que confiaram neles, o destino dessas povoações e das suas gentes.

Ninguém conseguir ter a certeza se A, B ou C, votou neles, é mais uma vantagem do voto ser secreto e quem pensa o contrário, está enganado. Senão, como é possível, algumas listas terem menos votos do que o número dos seus candidatos?
Uma das coisas que mais me impressiona e que me deixa muito triste é nos dias de hoje, algumas pessoas ainda não terem consciência do significado pleno da palavra liberdade.
Ser-se livre, não é, apenas, termos direito a votar, mas podermos votar livremente, sem medo de represálias, apenas de acordo com os nossos princípios e consciência.
É tempo das pessoas deixarem de acreditar (a não ser que assinem o nome delas e isso aconteceu nas últimas eleições) que é possível saberem aonde é que votam.
Não aceitem que vos intimidem, lembrando-vos que têm um contrato a prazo e se não votarem nesta ou naquela pessoa, eles vão descobrir e se eles ganharem as eleições, o contrato não vai ser renovado.
O melhor seria denunciarem esses casos, para acabarmos, de uma vez por todas com situações dessas, de abuso de poder, mas se não o quiserem fazer, para acabarem com os vossos receios, quando receberem o boletim de voto, certifiquem-se se tem alguma marca e se tiver, exijam outro boletim. Quando estiverem a votar, lembrem-se que ninguém está a ver aonde é que colocam a cruz. Depois de votarem, dobrem bem o boletim de voto e só depois, deixem essa área, colocando vocês mesmo o boletim na ranhura da urna. Garanto-vos que se assim o fizerem, só aqueles a quem vocês disserem, saberão aonde é que votaram.

Nestas eleições que se aproximam, espero que quem ganhar as diversas Juntas de Freguesia e a Câmara Municipal, sejam pessoas sérias, justas, humanas e que não prejudiquem aqueles que não lhes andam a lamber as botas.

Contem com a nossa honestidade, dedicação e defesa dos valores democráticos.

Maria Alice Gouveia

Vogal da Comissão Política Concelhia do CDS-PP OHP

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